sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Fibromialgia não é frescura

Dói aqui, dói ali. Alguns momentos mais, outros menos. Quem sofre de fibromialgia sabe do que estou falando. Muitos não entendem como é possível sentir dor sem ter nenhuma doença detectada por exames laboratoriais. Para pessoas com pouca informação ou intolerantes, esta dor tem outro nome: frescura.
Não é frescura acordar no meio da noite porque não suporta as dores nos tornozelos. Nem chorar por sentir um fogo queimando nos punhos. Nem tão pouco se desesperar algumas vezes, por achar que a dor nunca vai acabar. Não é frescura mesmo não aguentar levantar um simples copo com apenas uma das mãos, quando as dores estão intensas.
A doença não mata, mas traz sofrimento. Até agora os cientistas não descobriram a cura, mas sabemos que existem formas de amenizar as dores. Algumas pessoas tomam medicação forte. Melhora, mas no meu caso, prefiro as dores por todo o corpo, que passar o dia inteiro com a sensação de estar drogada.
Optei por caminhadas diárias. Além de aliviar as dores, faz bem para corpo e mente. A preguiça muitas vezes impede o exercício, mas a lembrança das dores intensas me motiva à luta diária pelo bem-estar. Agradeço quando chove. A umidade parece estar ao meu lado no combate à fibromialgia. O problema é antes de chover, que a dor parece insuportável.
Bastam minhas dores físicas. Não preciso de torturas psicológicas. Também dói muito quando as pessoas lançam olhares duvidosos. Ou ainda pior, quando querem discutir sobre o que não conhecem. Antes de ser insensível com uma pessoa que sofre desta doença, busque informações.
Fonte: https://borboletasonline.wordpress.com/2010/11/01/fibromialgia-nao-e-frescura/


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